Adão de Souza
Ribeiro
Quero voltar ao passado
De um tempo que já era
Montado no meu cavalo
Para domar aquela fera.
Chicotear bem a velhice
Que corre desenfreada.
Mas só saudade resiste,
Pelo tempo ser domada.
A lembrança é o arreio,
No lombo tão saudoso.
Pula assim sem receio,
Vencer a vida, ó moço.
Peão resiste à ventania,
Da morte, a fera xucra.
E no amanhecer do dia,
Ter sua vitória na luta.
Passado é um tordilho,
Sem rédea e sem dono.
Que quer ter seu brilho
E só viver o seu sonho.
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