domingo, 21 de junho de 2020

BARQUINHO DE PAPEL


Adão de Souza Ribeiro


Meu barquinho flutua, navega além-mar,
Guiado pelas estrelas e o mais belo luar.
E lá vai e vai e segue o balanço da onda,
Ventos de noroeste, como o leme manda.


Vence a calmaria e noites de tormenta,
É frágil é fraco, mas tem fibra aguenta.
O mar pode ser fera indomável bravia
Navega em noite de lua, flutua de dia.


Mistérios do mar em sua profundeza,
Quer afundar o barco e a sua tristeza.
Mas o canoeiro é forte, não se arreda.
Navegar e viver tem sua própria regra.


Alegre e em paz, da popa até sua proa,
Leva todos meus sonhos e veleja à toa
Calmo o meu lindo barquinho de papel
Vai navegando, até se atracar lá no céu.


Peruíbe SP, 22 de junho de 2020.

2 comentários:

Dely Coppa disse...

Parabéns lindo e verdadeiro este poema

Flávia Souza disse...

Lindo!