Adão de Souza
Ribeiro
Meu barquinho flutua, navega além-mar,
Guiado pelas estrelas e o mais belo luar.
E lá vai e vai e segue o balanço da onda,
Ventos de noroeste, como o leme manda.
Vence a calmaria e noites de tormenta,
É frágil é fraco, mas tem fibra aguenta.
O mar pode ser fera indomável bravia
Navega em noite de lua, flutua de dia.
Mistérios do mar em sua profundeza,
Quer afundar o barco e a sua tristeza.
Mas o canoeiro é forte, não se arreda.
Navegar e viver tem sua própria regra.
Alegre e em paz, da popa até sua proa,
Leva todos meus sonhos e veleja à toa
Calmo o meu lindo barquinho de papel
Vai navegando, até se atracar lá no céu.
Peruíbe SP, 22
de junho de 2020.
2 comentários:
Parabéns lindo e verdadeiro este poema
Lindo!
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