Adão de Souza Ribeiro
Quando eu for bem velho,
Conte-me histórias alegres.
Faça-me rir para o espelho,
Esqueça que a vida é breve
Ao surgir um cabelo branco
Onde preto ele já foi um dia
Leve-me à praça lá no banco
Quero ver o voo da cotovia.
Mas quando pesar nas costas
Os anos de caminhar e labuta
Dá-me o ombro, não importa.
Triste eu choro e vê se escuta.
E se por
ventura, sumir a voz.
Que muito ensinou e aprendeu
Coisas bem do tempo dos avós:
Missão de educar os filhos teus.
Quando eu já for bem velhinho
E se de repente faltar à memória
Peço-te: “Não me deixe sozinho,
Sem terminar a minha história!".
Peruíbe SP, 06
de julho de 2022.
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