Adão de Souza
Ribeiro
Noite chuvosa, nasce poça d’água.
Dentro dela, a face da prateada lua.
Dos meus olhos a lágrima desagua
De tanto amor e doce saudade tua.
Da lua, a terra beija a suave face,
Numa carícia acolhedora e meiga
Na calma noite deste belo enlace
Amor bebe no prazer: a sua seiva.
A cidade divaga por aqui e acolá
Não vê que ela quer carinhos mil
Só sei que onde quer que ela vá,
Serei seu escravo, amante servil.
E se ao alvorecer, for embora.
E quieta coisa que não se faz.
Abandonar-me na Rui Barbosa
Nascerão poças dos tristes ais.
Só quem sofreu de tanto amar,
Lágrima verter como a lua e eu
Saberá ver em qualquer lugar,
Os amantes Julieta e Romeu!
Peruíbe SP, 27
de julho de 2021.
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