Adão de Souza
Ribeiro
Dizem que o poeta não ama
Quem proferiu a blasfêmia?
Sofre calado por sua fêmea.
E a saudade arde em chama.
Passa tempo, dor não passa.
Assim vive ele só de ilusão
Fica em paz, não chora não
Da tristeza, vai achar graça.
Fêmea um dia virou mulher,
Bateu suas asas em revoada.
Mas há de voltar para a casa.
Pra amar aquele que a quer.
O poeta rabisca mil versos,
Nas páginas da sua tristeza
Sonhando com sua princesa
Em pensamentos submersos.
E então sonha, poeta, sonha,
Com a fêmea que te provoca
Ela é bela, mas não dondoca.
Chora e não tenha vergonha.
Está lá nas estrelas o destino
Escrito nesta folha de papel.
Haverá a reviravolta no céu
Ela será sempre tua, menino!
Peruíbe SP, 01
de agosto de 2020.
2 comentários:
lindo
Amei,linda demais.
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