Adão de Souza
Ribeiro
De que adianta viver na cidade
E com os pés lá no meu sertão
Aqui sei que tudo é só vaidade
Lá a pureza mora no coração.
O rio que banha nosso campo
A lua que beija a noite calma.
Longe do sertão, sofro tanto,
Que até a saudade dói na alma.
No ipê o pássaro faz algazarra,
Para saudar o belo amanhecer
E lá no jardim cicia uma cigarra
Numa nostalgia linda de se ver.
Na cidade o tempo tem pressa,
Relógio da vida não para de girar
Que o progresso não se esqueça,
A noite descansa no colo do luar.
O sertão e minha cabocla linda,
Eu não troco por nada na terra.
Viver antes que a tarde se finda,
Na paz e alegria no alto da serra.
Lins SP, 19 de
outubro de 2022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário