Adão de Souza
Ribeiro
Onde anda aquele sorriso,
Que há tempos não o vejo?
Não sabe que tanto preciso
Daquele calmo aconchego?
Onde anda o meu belo corpo
Com muita saúde e esbelto?
Esqueceu que já fui o moço,
Que atravessou seu deserto?
Onde anda o olhar tão tímido
Que via pureza além da alma?
Perdeu brilho, anda reprimido.
Nada agrada, não existe palma?
Onde anda aquela tal pessoa,
Que navegou no verbo amar?
Será que ele sabe que canoa,
Não vive sem águas do mar?
Onde anda nosso amável poeta,
Que enalteceu o amor e a beleza?
Sem ele, a vida é demais deserta,
Renascerá no verso, bendito seja!
Peruíbe SP, 25
de fevereiro de 2022.
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