Adão de Souza
Ribeiro
Conta-me um segredo:
Onde estão os amores,
Que tempos não vejo.
Se vejo, causam dores?
Tão longe e dispersos,
Em páginas já viradas.
Prisioneiros de versos
Em estrofes inacabadas.
Puros, meigos e infantis,
Que povoam sonhos meus
E eu não sei o que eu fiz.
Para sofrer assim, Deus!
É uma tortura sem fim,
Amar a quem te ignora
Não foge assim de mim
Volta logo, amor, agora.
Peruíbe SP, 13
de novembro de 2019.
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