quarta-feira, 13 de novembro de 2019

AMORES DISPERSOS


Adão de Souza Ribeiro


Conta-me um segredo:
Onde estão os amores,
Que tempos não vejo.
Se vejo, causam dores?


Tão longe e dispersos,
Em páginas já viradas.
Prisioneiros de versos
Em estrofes inacabadas.


Puros, meigos e infantis,
Que povoam sonhos meus
E eu não sei o que eu fiz.
Para sofrer assim, Deus!


É uma tortura sem fim,
Amar a quem te ignora
Não foge assim de mim
Volta logo, amor, agora.


Peruíbe SP, 13 de novembro de 2019.

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