quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

A ÁRVORE


Adão de Souza Ribeiro

A árvore lá do campo,
Entrelaça-se e se beija
Cobre com seu manto
Feito folha de madeixa.


Nas noites de tormenta,
Que assola a madrugada
Abraça amiga e acalenta
Pois a bonança não tarda.


Longevidade é quimera,
Que desenha com tempo
O tempo da longa espera
Louca bravura do vento.


A doce canção da chuva
Ao tocar seu corpo puro
Espanta toda a amargura
De um universo obscuro.


No seio da densa floresta
A árvore segue a sua sina
A natureza vive em festa,
Na graça daquela menina.

Peruíbe SP, 12 de dezembro de 2019.

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