Adão de Souza
Ribeiro
A árvore lá do campo,
Entrelaça-se e se beija
Cobre com seu manto
Feito folha de madeixa.
Nas noites de tormenta,
Que assola a madrugada
Abraça amiga e acalenta
Pois a bonança não tarda.
Longevidade é quimera,
Que desenha com tempo
O tempo da longa espera
Louca bravura do vento.
A doce canção da chuva
Ao tocar seu corpo puro
Espanta toda a amargura
De um universo obscuro.
No seio da densa floresta
A árvore segue a sua sina
A natureza vive em festa,
Na graça daquela menina.
Peruíbe SP, 12 de
dezembro de 2019.
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