segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A JANGADA

 

Adão de Souza Ribeiro

Lá nas ondas do mar

Navega uma jangada

Ela contempla o luar.

Preocupa com nada.

 

Longe ficava a areia

Perto era o horizonte.

Jangada parecia sereia

De uma beleza elegante.

 

Vento beijava a proa

A lua tocava a vela.

A noite sorria atoa,

Nada era mais bela.

 

Jangada era a mulher,

Enfeitava meu coração.

Não era beleza qualquer

Era a luz na imensidão.

 

Oh minha jangada minha

Mil vezes te quis pra mim.

Por aí, ao navegar sozinha,

Leva-me pelo mar sem fim.

Peruíbe SP, 28 de agosto de 2024

domingo, 17 de novembro de 2024

VÔO DA LIBERDADE

 

Adão de Souza Ribeiro

                                               

Minha liberdade voa,

Nas asas da andorinha

E, por isso, não é atoa

Que ela anda sozinha.

 

Navega sua alegria,

Nas ondas do mar.

Não importa o dia

Que ela vai chegar.

 

A ilusão acorda,

Logo pela manhã

Na dança de roda

Diz ser uma irmã.

 

Prazer é desassossego,

No coração apaixonado

Mas o sonho é o enredo

Deste poema inacabado.

 

A saudade chora,

No colo sem afeto.

Se ela morrer agora

O que será do resto?

Peruíbe SP, 07 de outubro de 2024