sábado, 21 de maio de 2011

MEDO DE AMAR

Quando o amor bater à tua porta,
Pouco te importa se ainda é cedo.
Porque o ímpeto vento do desejo,
Muda teu doce sentimento de rota.

Assim, trôpego, triste, sem vida,
Vai sofrendo sem leme, sem rumo.
Como um barco perdido à deriva,
Longe da alegria, calado e mudo.

Porém, como tudo na vida se renova,
Se provardes o fel que tanto sonha.
Na vergonha de serdes um Casanova,
Busca afago no calmo colo da begônia.

Mas o amor tem lá seus mil segredos
E deles é que o teu coração sobrevive.
E se viveste instante de muito delírio,
É que foste feliz, sem trauma e medo.

Quanto, um dia, chegares ao teu ouvido
Que a pessoa amada partiu de repente;
Verá teu coração perecer lentamente,
Apunhalado pela ingratidão, já sofrido.

Peruibe SP, 16 de maio de 2011

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